1 - Como definir o curso?
1.1 - O curso e a profissão
Para alguns, essa pode ser uma questão óbvia. Para outros, a
escolha do curso é um grande dilema. Procure conversar com pessoas que seguiram
a carreira que você pretende tentar e pense se você se vê exercendo aquela
profissão. Não basta gostar de estudar psicologia, por exemplo, é preciso estar
disposto a atender como psicólogo e ter as habilidades necessárias para isso. É
claro que, para cada curso, há muitos caminhos a seguir (como a carreira
acadêmica), mas nem sempre os caminhos alternativos são tão fáceis.
Sim, infelizmente, o caminho para a aprovação em
determinados cursos é bastante árduo. Se você é um desses estudantes que sempre
quis um curso muito concorrido e agora está considerando seguir outra carreira
por conta do vestibular, pense muito bem antes de abrir mão do seu sonho. Se
você também gosta da ideia de seguir a carreira dessa segunda opção, aí tudo
bem. Mas não ingresse em um curso só por que você tem nota para passar, pois
pode ser que você resolva abandoná-lo no meio do caminho e isso, além de tirar
a oportunidade de alguém que precisava daquela vaga, irá atrasar ainda mais a
sua aprovação no curso realmente desejado. Considere que há outros caminhos a
seguir: talvez seja melhor fazer o curso desejado em uma faculdade particular
pelo Prouni, por exemplo, do que mudar de opção de curso para entrar numa
Universidade Pública.
2 - Como definir quais Universidades tentar?
2.1 - Universidades diferentes, focos diferentes em um mesmo
curso
Muitas vezes, o foco de um mesmo curso é diferente conforme
a Universidade. Como exemplo, podemos citar o curso de administração de
empresas, que é mais voltado para exatas em determinadas universidades e, em
outras, é um curso de humanas. Cursos como história, geografia, etc., às vezes
têm como foco a formação de pesquisadores e, outras vezes, a formação de
professores. Observe a grade de disciplinas do curso que você quer em
diferentes Universidades e leve isso em consideração na hora de definir as suas
prioridades no Sisu.
2.2 - Apoio à permanência estudantil
As Instituições Federais participantes do SISU oferecem
alguns tipos de auxílio para a permanência dos estudantes na Universidade. Os
mais frequentes são os auxílios para moradia e alimentação, que são distribuídos
conforme critérios de renda familiar e de distância da cidade de proveniência
do aluno. Há também o pagamento de bolsas para a realização de atividades na
Universidade (trabalho na biblioteca, por exemplo) e para o desenvolvimento de
pesquisas (iniciação científica, bolsas PET, entre outras). Portanto, se você
não tem muitos recursos para se manter em outra cidade, verifique quais são os
auxílios oferecidos por cada Universidade que você pretende tentar e use isso
como um dos critérios para a escolha.
2.3 - Distância da família e viagens
Se você pretende ir para outro estado, é preciso estar
disposto a ficar grandes intervalos sem visitar a família. Apesar dos apoios
oferecidos para a permanência na Universidade, você terá o custo de voltar para
a sua cidade nas férias e, talvez, nos feriados. Pesquise o custo das passagens
aéreas e rodoviárias para os estados em que você cogita estudar, pois pode
acontecer de dois estados igualmente distantes terem mais ou menos opções de
transporte, o que encarece o acesso.
2.4 - Pesos diferentes para cada prova na composição da
média Sisu
Cada Universidade pode valorizar as áreas do conhecimento
que desejar (redação, linguagens, matemática, humanas e ciências da natureza)
na seleção dos alunos para cada curso. Para tal, na hora do cálculo da média de
cada estudante no SiSU, são atribuídos pesos diferentes para cada prova.
Veja o caso do curso de medicina: Na UFRJ, é dado peso 3
para a prova de redação e peso 2 para Ciências da Natureza; já na UNB, a
redação tem peso 1 e, Ciências da Natureza, peso 3; já na UFC, Unirio e Unila,
o peso é 1 para todas as provas.
Por essa razão, se você arrasou em determinada prova,
procure verificar quais Universidades valorizam mais essa área do conhecimento
e dê um tiro certeiro no grande dia.
2.5 - Notas mínimas
Algumas Universidades, como a USP, estabelecem notas mínimas
para o ingresso via Sisu. Em alguns casos, é exigida uma média mínima no
conjunto das provas do ENEM, em outros, uma nota mínima diferente para cada uma
das cinco provas. Se você não atingiu essas notas, o sistema sequer permitirá
que você se inscreva para concorrer às vagas dessa Universidade. Portanto, se
você teve o desempenho baixo em determinada área e sabe que a Universidade
almejada impõe essa regra, já corte essa opção da sua lista de vagas a tentar
no Sisu.
3 - Qual deve ser a minha estratégia para os dias de
interação?
Nesses quatro dias de interação, em que você poderá escolher
2 opções de curso/Universidade e ir trocando as suas opções, tenha em mente as
suas prioridades. Para tal, com base em tudo que você pesquisou sobre as
Universidades e cursos, faça uma lista que leve em conta as suas preferências e
as notas de corte dos anos anteriores. Defina quais são as 2 opções que irá
indicar no primeiro dia (as mais desejadas) e, com base na estimativa de
classificação que lhe for conferida nos próximos dias de interação, vá mudando
as suas opções.
Se você, ao entrar no segundo dia de interação, estiver
acima da nota de corte estimada nos cursos que você mais quer, mantenha essas
opções, mas acompanhe dia a dia a sua colocação, pois as notas de corte sempre
aumentam ao longo dos quatro dias. Isso acontece por que os alunos que ficaram
abaixo da estimativa de corte no curso que queriam podem mudar a inscrição para
a mesma vaga que você escolheu.
Se você estiver próximo de conseguir a sua primeira opção e
longe de ser aprovado na segunda, mantenha a primeira e mude a segunda para uma
terceira possibilidade de vaga que tenha a estimativa de corte menor (vá
"descendo" na sua lista de prioridades). Dessa forma, você continua
tentando a vaga que mais quer e garante uma aprovação na segunda opção.
Se você estiver realmente muito longe de conseguir a
primeira opção e mais perto de conseguir a segunda, elimine a primeira opção,
colocando a segunda como primeira e inclua uma nova escolha como segunda opção.
Assim você continua tentando uma vaga que quer e que seja possível (aquela que
era a sua segunda opção), e abre o espaço na segunda opção para tentar outra
vaga da sua lista de prioridades na qual tenha mais chances.
Se você está muito longe de conseguir as suas duas opções
(duas primeiras da sua lista de prioridades), a ponto de ter certeza de que não
será aprovado em nenhuma, nem na lista de espera, mude as suas duas opções no
segundo dia interação para vagas que lhe interessem e cujas estimativas de nota
de corte estejam mais baixas.
Se, ao longo dos dias com o sistema aberto, você não estiver
conseguindo nenhuma das vagas que queria, no último dia você terá que arriscar
aquela que tenha a menor estimativa de nota de corte para manter como primeira
opção. Caso não seja mesmo aprovado, manifeste interesse por continuar
concorrendo em lista de espera por aquela vaga. Lembre-se que você concorrerá
em lista de espera somente para a vaga que indicou como primeira opção. No
último dia antes do encerramento do sistema, não se desespere: é melhor ficar
na lista de espera para a vaga que você quer do que escolher qualquer outro
curso/Universidade, só porque a nota é menor, e acabar nem se matriculando ou
desistindo no meio do curso. É melhor estudar mais um ano e tentar novamente.
Se você foi convocado, acesse o site próprio da Universidade
para consultar o local, datas e horários para a matrícula e também a lista de
documentos exigidos. Se você foi aprovado para as vagas reservadas, saiba que a
documentação é bastante completa e você poderá gastar um tempinho para separar
tudo, então é bom correr com isso.
Fonte: Blog Maximize.
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